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Francisco Horne prepara seu retorno ao drift

Em meio à pandemia da Covid-19, Francisco ‘Chico’ Horne nunca deixou de lado as preparações física e técnica para garantir a boa performance no drift, uma das mais radicais modalidades do automobilismo mundial.

Ele é o único representante da região Nordeste neste tipo de competição, que explora a técnica de direção que consiste em fazer o carro deslizar na curva com a traseira escapando, controlando a derrapagem enquanto gira o volante para que as rodas dianteiras estejam sempre numa direção oposta à curva. Resumindo, é o famoso ‘rodar de lado’.

Sua BMW já está sendo preparada e ele já mediu direitinho o tamanho do banco em formato de concha. Pra chegar ao nível dos melhores pilotos de drift, a ordem é queimar – literalmente – pneus na pista. “A cada treino simples, ao menos 2 pares de pneus vão embora. Num campeonato, cada piloto gasta em média 10 pares de pneus” conta Horne, que treina com um Nissan 350Z e participa de apresentações pelo Brasil.

Chico fez cursos de pilotagem da Porsche nos Estados Unidos e conquistou um lugar no cockpit de um dos carros – um BMW E36 turbo – da equipe brasiliense BSB Drift, do piloto Hélio Fausto, que competirá nos principais campeonatos nacionais (Drift Ultimate e Super Drift Brasil) ao lado de pilotos experientes como o paulista Diego Higa, tetracampeão na modalidade. “Fui buscar a melhor equipe pra andar num carro preparado. Vou entrar nas provas pra participar, mas quero mesmo é ganhar”, confessa, ele que aprendeu a dirigir num Fusca e sempre mostrou habilidade e precisão nas manobras, usando bem as mãos e os pés no jogo de marchas com volante, aceleradas e freadas. Horne diz que este é o segredo do drift: “É pé no acelerador e não deixar o carro rodar!”.

PREPARAÇÃO – Mas com o calendário de provas ainda indefinido pra temporada 2020 (fala-se a partir de setembro), ele tem mantido a forma física com muita malhação, ciclismo e até mesmo na limpeza da casa – ele é casado e pai de uma menina e um menino. “Estava tudo preparado, mas a Covid-19 adiou”, diz o piloto baiano, que aproveitou o distanciamento social pra mudar sua alimentação e focar nos exercícios físicos, conseguindo perder 5 quilos em menos de 1 mês. Tanto que agora se sente mais resistente e com maior facilidade pra realizar manobras ao volante, mesmo sob fortes temperaturas dentro do carro.

Chico Horne também mandou fazer um macacão preto antichamas e um capacete reforçado, apostando não só no seu número de guerra (48) como também nos tons quentes. Segundo ele, a mistura de cores ajuda no equilíbrio emocional e traz adrenalina e alegria.

A ansiedade é grande pra retornar aos campeonatos, ele que sempre se inspirou em Senna e no lado competitivo do tricampeão brasileiro de Fórmula-1. Seu lema é: “Se o objetivo é disputar, quero ganhar sempre!”.

Auto Destaque

O Caderno Auto Destaque é publicado ininterruptamente desde 1987 no jornal Diário do Pará, apresentando lançamentos e tudo mais sobre o mercado automotivo.

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