Cuidado com os leilões virtuais
As plataformas online e os aplicativos de vendas de veículos ganham cada vez mais espaço no mercado, pela praticidade que oferecem. Não é à toa que os brasileiros têm recorrido cada vez mais a esses serviços. É possível pesquisar modelos e preços e fechar o negócio por computador, celular ou tablet, com um simples cadastro, sem burocracias. Você pode receber os documentos pelos Correios e, dependendo do serviço, não precisa nem sair de casa para buscar o carro – ele é entregue na sua residência.
Pra quem compra, o preço é sempre um atrativo, já que geralmente o lance inicial dos bens fica bem abaixo do valor praticado no mercado. Além disso, o comprador oferece o que pode pagar, não comprometendo suas economias. Outra vantagem é a possibilidade de dar lances de qualquer lugar e a qualquer hora, uma vez que o processo é inteiramente online.
Mas adquirir um carro por meio de leilões virtuais requer cuidados, pois os Departamentos de Trânsito de todo o Brasil vêm detectando fraudes e golpes online, onde empresas se passam por credenciadas do Detran daquele Estado para realizar falsos leilões na internet e roubar dados dos usuários. Portanto, para fazer um bom negócio, confira essas dicas:
Conheça a procedência: veículos de financiadoras, de bancos e de frotas geralmente apresentam condições melhores e são mais fáceis de serem regularizados do que os de seguradoras e leilões judiciais.
Avalie as condições: leia com atenção as informações sobre o veículo e veja as fotos e os vídeos disponíveis. Se houver alguma dúvida, solicite mais detalhes ou verifique se é possível ver o veículo pessoalmente.
Calcule os custos e os benefícios: os preços dos carros de leilões podem ser entre 15 e 30% menores do que os da tabela Fipe e costumam ser revendidos com boa margem de lucro pelos lojistas. Calcule as despesas, com todas as taxas e a sua margem de lucro, se o objetivo for revender.
Leia o edital com atenção: lá estão informações importantes sobre a transferência dos documentos e a venda no estado que se encontra, bem como multas, débitos anteriores e taxas dos leiloeiros, entre outras.
Verifique a forma de pagamento: em leilões, os veículos são pagos à vista. Não há financiamento. Portanto, programe-se para o pagamento.
Programe os seus lances: defina previamente o valor que quer pagar pelo veículo e dê lances somente se realmente for comprá-lo. Se você desistir da compra, haverá cobrança de taxas pela desistência.
Informe-se sobre a retirada do veículo: se for retirar pessoalmente, procure saber se tem combustível, se a bateria funciona e se não há problemas mecânicos ou com a documentação que impeçam a circulação. Se ele não for retirado na data determinada, você deve pagar uma taxa diária pela sua permanência no pátio do leiloeiro. Alguns serviços oferecem entrega domiciliar. Neste caso, informe-se antecipadamente sobre o preço e se sua região está contemplada.
MAIS VENDIDOS – Levantamento feito pelo Superbid Marketplace em 2018 mostrou os seminovos e usados mais vendidos em quase todo o Brasil. As primeiras opções no ranking – Fiat Uno, Chevrolet Celta e Volkswagen Gol – refletem a opção dos brasileiros por carros populares, que podem ser revendidos com mais facilidade e nunca saem de moda.
No Norte, a Fiat dominou no Acre (com a Fiorino) e em Tocantins (com o Palio), enquanto que a Volkswagen dominou no Pará (com a Amarok) e no Amazonas (com o Gol). Em Amapá, o mais comercializado foi o Celta, enquanto que em Rondônia deu Toyota Hilux em primeiro lugar.
No Nordeste, a vantagem é do Celta – com exceção do Maranhão e do Piauí, onde deu Hilux e Fiorino, respectivamente. No Centro-Oeste, deu Uno em primeiro em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, enquanto que o Celta foi o preferido no Distrito Federal e o Fiat Argo foi o mais vendido em Goiás.
No Sudeste, deu Fiat em Minas Gerais (com o Toro) e em São Paulo (com o Uno), enquanto que Hilux foi a primeira no Espírito Santo e o Renault Sandero foi o preferido no Rio de Janeiro. Por fim, na região Sul, o Gol foi o primero no Rio Grande do Sul e no Paraná, além de ter sido o terceiro mais comercializado em Santa Catarina – onde ganha o Uno.
