Quem leva a melhor no comparativo entre o Renault Kwid e o Fiat Mobi?
Estes dois modelos já vêm se enfrentando há algum tempo. O embate é entre duas versões de entrada: Renault Kwid Life e Fiat Mobi Easy. Ambas com motor 1.0, têm potência e consumo parecidos. São modelos atraentes pelo preço, mas não contam com alguns itens quase indispensáveis, como ar condicionado, computador de bordo e central multimídia. Confira as características de cada um e veja qual atende melhor suas necessidades.
DESIGN – O Kwid Life é pequeno, mas tem seu impacto. ‘Descolado’, tem traços característicos de um SUV. Retrovisores e maçanetas têm pintura preta. Chamado de SUV compacto pela Renault, está disponível em 6 cores, sendo que só uma (a branca) não tem custo na versão Life. Já as cores marfim, laranja, vermelho, prata e preto saem por R$ 1.450.
O Mobi Easy tem seu charme. Por ser pequeno, qualquer traço ou vinco fica mais expressivo, dando a personalizada necessária pra fixar o design na memória. Maçanetas e retrovisores são pretos e não mudam de cor mesmo que o comprador opte por outra pintura que não seja a preta – que não tem custo na versão Easy. As tonalidades branca e vermelha custam R$ 500; a prata e a cinza saem por R$ 1.800 e as cores personalizadas acrescem R$ 2.100 no valor do carro.
ESPAÇO – No Kwid Life, o banco do motorista e o volante não têm ajuste de altura. Por ser mais elevada, a posição pode ser desconfortável para pessoas com mais de 1,85 metro, mas é muito agradável para pessoas menores que isso. A impressão que passa, visto externamente, é que deve faltar espaço interno. Mas não. Ele acomoda confortavelmente 5 pessoas, sem espaço de sobra, mas também sem deixar quem vai atrás com as pernas apertadas. O porta-malas é de 290 litros, capacidade de hatch. Mas é válido lembrar que o Renegade, modelo de uma categoria muito superior, já contou com uma mala de apenas 260 litros. Os bancos traseiros rebatíveis ajudam a resolver o problema de falta de espaço do Kwid, desde que a viagem seja a dois.
O Mobi Easy também não possui ajuste de altura no banco do motorista, porém não gera um incômodo para pessoas mais altas, pois o assento não fica tão alto como o do Kwid. Porém, pode gerar desconforto para pessoas mais baixas. Também não é o mais apropriado para pessoas com mais de 1,85 metro, pois a cabeça do ocupante fica muito próxima do teto. Ou seja, é para pessoas de altura mediana. Quanto ao porta-malas, o subcompacto oferece apenas 235 litros de capacidade para as bagagens, mas pelo menos conta com o rebatimento do banco traseiro.
MECÂNICA – O Kwid Life tem câmbio manual de 5 velocidades e indicador de troca de marcha e de estilo de condução. As mudanças de marchas são precisas, mas falta suavidade. A suspensão oferece boa estabilidade. Outro ponto positivo é que, por ser alto, encara sem dificuldade pisos irregulares, buracos, lombadas e entradas de garagem. Seu motor 1.0 tem 70 cavalos e entrega o esperado, respondendo bem ao pisar no acelerador e podendo chegar aos 156 km/h. Analisando potência e consumo, o resultado é satisfatório. Com etanol, faz 10,3 km/litro na cidade e 10,8 km/litro na estrada. Com gasolina, faz 14,9 km/litro na cidade e 15,6 km/litro na estrada.
O Mobi Easy vem com câmbio manual de 5 marchas e seu ponto forte é a dirigibilidade, por conta da suspensão firme, que oferece boa estabilidade até em curvas. O ponto fraco é que deixa a desejar quando se exige um pouco mais de potência. Responde bem em velocidades permitidas na maior parte da cidade, mas exige mais pé no acelerador para reagir. É um bom amigo no trânsito, ágil em manobras e ótimo para estacionar até para quem tem grandes dificuldades. O motor 1.0 tem 75 cavalos e oferece um bom desempenho no modo urbano, porém para longas viagens precisaria de um pouco mais de potência. No consumo, perde para o Kwid. Com etanol, faz 9,2 km/litro na cidade e 10,2 km/litro na estrada. Com gasolina, passa para 13,5 km/litro na cidade e 15,2 km/litro na estrada.
SEGURANÇA – O Renault Kwid conquistou 3 estrelas de 5 no Latin NCAP. Conta com 2 airbags frontais e 2 laterais, 2 sistema de fixação Isofix para cadeirinhas infantis e alerta sonoro e visual do uso do cinto de segurança do motorista e do passageiro da frente. Porém, o ocupante do meio do banco traseiro não tem cinto de segurança de 3 pontos; apenas subabdominal.
O Fiat Mobi tem apenas 2 airbags na frente e, assim como o Kwid, não conta com cinto de 3 pontos no parte central do banco traseiro. Dentre os outros principais itens de segurança, estão inclusos sinalização de frenagem de emergência e os obrigatórios freios ABS.
QUAL COMPRAR? – O Kwid ganha no desempenho e no consumo e oferece mais segurança e espaço tanto para os passageiros como para as malas, além de ser o SUV mais barato do Brasil. O Mobi custa apenas R$ 300 a menos que o Kwid. A escolha não é difícil: um utilitário esportivo compacto com valor de venda e consumo menor do que muito hatch ou um subcompacto charmoso e fácil de manobrar? Você decide.
