Scania atinge a marca de 50 caminhões a gás vendidos no Brasil
A Scania chegou ao volume histórico de 50 caminhões movidos a GNV e/ou biometano vendidos no Brasil, 1 ano após a abertura do recebimento das encomendas. Uma parte dos veículos já entrou em operação e outra ainda será entregue.
“A pandemia da Covid-19 acelerou a busca por sustentabilidade em diversos ramos da economia em todo o mundo, inclusive no Brasil. Esse cenário também impactou o setor de transporte, pois o modal rodoviário responde por grande parte da cadeia de valor das empresas que estão na dianteira da chamada ‘recuperação verde’. E nós saímos na frente ao oferecer soluções de transporte sustentáveis que apoiam estas organizações a cumprir os compromissos com a redução de emissões de gases poluentes”, disse Roberto Barral, vice-presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil.
Os 50 caminhões foram vendidos para transportadoras que atendem diferentes indústrias, de cosméticos a alimentos, entre elas L’Oréal, PepsiCo, Unilever e Carrefour. “Os embarcadores que demandam essa alternativa ao diesel têm compromissos públicos com a sustentabilidade e o transportador sai na frente ao oferecer soluções que correspondam a esta expectativa. É aí que entra a parceria com a Scania. Nós estamos liderando esta transformação e apoiamos os clientes com soluções rentáveis que contribuem com a sustentabilidade nos âmbitos econômico, ambiental e social”, complementa Barral.
A dependência 100% ao diesel é impossível pra melhorar o planeta. A Scania não acredita numa matriz de combustível única e dispõe de uma série de opções. A eletrificação é o futuro, mas existem etapas até esta realidade. “No Brasil, o caminho viável até a chegada da eletrificação, devido ao seu potencial de redução de consumo e de emissão de CO2, é a linha movida a gás natural e/ou biometano. Outros 2 integrantes desse conjunto são a Nova Geração de caminhões Scania (que reduz em 15% o consumo) e a conectividade, que por meio dos Serviços Conectados traz a mais completa gestão inteligente dos dados da operação do cliente”, finaliza Barral.
A abertura das encomendas da linha a gás foi no 1º dia da 22ª edição da Fenatran 2019, em São Paulo. “Desde então, a Scania já vendeu 50 modelos. Um marco histórico para o mercado brasileiro, que necessita mudar sua matriz energética para combustíveis mais sustentáveis. Globalmente, a redução das emissões de CO2 é um compromisso sério da Scania. Sabemos que somos parte do problema e queremos ser parte da solução. Nossa jornada é ajudar o cliente nesta transição de gestão e de quebra de paradigmas. A sociedade cobra cada vez mais um planeta sustentável”, explica Silvio Munhoz, diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil.
RECORDE – E nova venda histórica foi fechada. “A TransMaroni comprou 11 caminhões R 410 6×2 a gás e é a transportadora que adquiriu o maior lote até o momento. As conversas começaram na Fenatran e amadureceram ao longo dos meses. Trata-se de um grupo com muita visão de futuro e de ações concretas de sustentabilidade. E vale a pena reforçar que a empresa que comprou o maior volume é a PepsiCo, com 18 unidades do G 340 4×2, que terão rotas por todo o país”, disse Munhoz.
Foi para atender a crescente demanda de transporte mais sustentável que a TransMaroni passou a investir na tecnologia da Scania, mesmo em tempos de pandemia. Desses 11 caminhões, 2 estão em operação: um no transporte de carne pra JBS e outro na entrega de produtos do Centro de Distribuição do Carrefour, em São Paulo.
“A Scania é o nosso maior parceiro no transporte. Já entrega um caminhão que consome muito menos combustível e isso, por si só, o torna mais sustentável que os outros. Agora trouxe o modelo a gás, mais sustentável. Estamos crendo nesse propósito junto com a marca e investimos nesta compra porque acreditamos no futuro”, explica Gustavo Maroni, diretor operacional na TransMaroni Transportes, que ressaltou que a pandemia só intensificou aquele que já era o objetivo da TransMaroni: trabalhar por um mundo mais limpo. “Com a pandemia, sobrou mais tempo pra pensar. Já tínhamos o foco na sustentabilidade há um tempo e agora chegou a vontade de fazer a diferença. Estamos confiantes de que teremos bons números com essa tecnologia. Somos otimistas”, revela.
Já a RN Express, que encomendou o primeiro modelo na abertura das vendas na Fenatran 2019, comprou mais 6 caminhões de lá pra cá. Ela recebeu duas unidades em maio de 2020 (na entrega pioneira no Brasil) e, ao comprovar o desempenho do caminhão, pediu mais 5, já tendo recebido 2. As 7 carretas transportarão produtos da L’Oreal, da Nestlé e da Nespresso.
Quem também já obteve mais caminhões sustentáveis foi a Jomed Log, que recebeu suas duas primeiras unidades em maio de 2020 e encomendou mais 3 após os resultados na operação de transferência de itens da L’Oréal. Aliás, a L’Oréal inspirou outras transportadoras: a CCL (que comprou um P 340 4×2 a gás) e a Coopercarga (SC), que comprou um R 410 6×2.
Já a Unilever terá 3 caminhões sustentáveis levando sua carga. As aquisições foram pelas transportadoras Transtassi (dois R 410 6×2) e Carsten (um R 410 6×2).
A conta dos 50 caminhões movidos a GNV e/ou biometano fecha com a venda já anunciada de um modelo ao grupo Charrua (RS) e de outras 3 a empresas que não autorizaram a divulgação do negócio.
SUSTENTÁVEIS – Os caminhões pesados Scania movidos a gás natural veicular (GNV) e/ou biometano são pra média e longa distância. Seus motores são ciclo Otto (mesmo conceito dos automóveis) e 100% a gás e biometano, ou mistura de ambos, com desempenho consistente e força semelhante ao movido a diesel, além de serem 20% mais silenciosos.
A segurança é total em caso de acidente ou explosão, graças a três válvulas que liberam o gás em caso de problemas de vazão, de pressão e de temperatura. Os cilindros são robustos (feitos do mesmo material de ogivas de mísseis) e, em caso de incêndio ou batida, o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão – ao contrário de um movido a diesel, onde o líquido fica no chão ou em cima do caminhão.
SOS MATA ATLÂNTICA – A Scania inspirou a TransMaroni noutra ação. Quando soube que a fabricante sueca se tornou parceira da Fundação SOS Mata Atlântica em 2018, a transportadora resolveu colaborar com a causa nobre doando mudas pra ‘Floresta Scania’, área de reflorestamento no Vale do Paraíba, em São Paulo, que compensa parte das emissões causadas pelo setor em que atua. Para este ano estão previstas mais 10 mil mudas, que somadas às 4.200 firmadas pela TransMaroni em 2019, totalizam 14.200. Por seu lado, a Scania se compromete com mudas alusivas a produtos vendidos, financiamentos do banco e cotas do consórcio. No total, a ‘Floresta Scania’ tem 84 mil árvores, que representarão cerca de 14 mil toneladas de CO2 compensadas, segundo a SOS Mata Atlântica, que considera uma tonelada de carbono pra cada 6 árvores plantadas.