Citroën Traction Avant ano 1956 faz expedição histórica pelas Américas
As expedições Citroën são uma página importante da história automobilística. Imaginadas e promovidas por André Citroën a partir dos anos 20 do século passado, elas evidenciam a importância do carro como meio de explorar o mundo.
E o último desafio se chama Aventura Citroën Terra América, que partiu em maio de 2021 do Conservatoire Citroën, um lugar simbólico onde fica a mais importante coleção de veículos da montadora francesa, sendo 280 deles em exposição, muitos dos quais participaram dessas famosas expedições.
Partindo de Paris, a Travessia Panamericana (nome dado à estrada mais longa do mundo) atravessará o continente americano de norte a sul, entre o Alasca e o Ushuaia, com um Traction Avant 11B Grand Raid produzido em abril de 1956 e dirigido pela doutora em Ciências Fanny Adam, tendo Gaëlle Paillart como copiloto na 1ª etapa da expedição (no trecho entre Prudhoe Bay e Los Angeles) e por Maéva Bardy, que depois assumirá a função de copiloto até à Terra do Fogo.
No espírito das expedições da Citroën, essa viagem pretende sensibilizar as pessoas para a situação dos 21 povos indígenas que serão encontrados ao longo dos 40 mil quilômetros percorridos em 14 países, que serão atravessados em três etapas, até janeiro de 2023, passando inclusive pelos sítios históricos das civilizações maia e inca. A primeira etapa será realizada na América do Norte até setembro de 2021, seguida de etapa na América Central (de janeiro a maio de 2022) e na América do Sul, de outubro de 2022 a janeiro de 2023. E o percurso pode ser acompanhado em tempo real, via satélite, através do site https://terramerica.fr/suivre-expedition-terramerica/.
Lançado em 1934, o Traction Avant é um carro lendário, que reúne as soluções mais modernas existentes na época, como transmissão, estrutura monobloco toda de aço, freios hidráulicos e suspensão com 4 rodas independentes. Sua robustez e sua simplicidade mecânica fazem dele um extraordinário carro de aventura até hoje, mais de 80 anos depois.
O veículo da expedição foi comprado em 2005 por um fornecedor de peças para carros de ralis, que o adaptou para efetuar grandes expedições – entre 2006 e 2017, ele rodou por Austrália, Marrocos, Rússia, Itália, Argentina, Malásia, Tailândia, Cordilheira dos Andes, Sardenha, Córsega, Grécia e Portugal. Depois dessas viagens, foi revisado e teve seu motor refeito.
