Great Wall Motors apresentou nova tecnologia híbrida
A Great Wall Motors Brasil apresentou detalhes da sua tecnologia híbrida DHT, sigla para Dedicated Hybrid Technology e que equipará os veículos que pretende lançar no Brasil a partir do fim de 2022. O sistema DHT é responsável pelo crescimento da empresa e é uma das soluções híbridas mais eficientes do mercado, por entregar uma experiência real de conduzir um carro elétrico. “Num veículo híbrido convencional, o motor elétrico serve só como suporte ao propulsor a combustão. Já no sistema DHT, é a motorização elétrica o personagem principal, deixando o propulsor a combustão apenas como apoio, quando for preciso”, explica Oswaldo Ramos, Chief Commercial Officer da GWM Brasil.
O sistema DHT é aplicado sempre à plataforma que foi desenvolvida especialmente pra dar origem aos novos veículos eletrificados da GWM e consiste num propulsor 1.5 turbo, uma dupla motorização elétrica e um par de engrenagens fixas, que conectam o motor a combustão às rodas. Essa dupla motorização elétrica tem 3 funções nesse sistema: transmitir o movimento direto pras rodas, recarregar a bateria do conjunto híbrido e, em condições de alta demanda de torque, gerar torque adicional pra auxiliar o motor a combustão. Em vez de recorrer a um câmbio tradicional, o motor a combustão do conjunto DHT usa só duas engrenagens: uma para alta velocidade e outra para média velocidade. Em velocidade baixa, ele privilegia a condução elétrica, que também pode atuar em situações de média velocidade. Outra característica do DHT é o recurso que permite usar o motor a combustão como gerador, só pra recarregar a bateria, que por sua vez alimenta o motor elétrico que gera tração pras rodas. Nessa situação, o motor a combustão trabalha sempre num regime de rotação de máxima eficiência, reduzindo o consumo.
Devido a esse conceito inovador, o DHT oferece vantagens únicas a um veículo híbrido:
1) Alto desempenho sem abrir mão do baixo consumo: a condução elétrica reduz o gasto de combustível e ajuda a entregar até 483 cavalos de potência, acelerando de 0 a 100 km/h em até 4,8 segundos.
2) Perfeita adequação entre uso urbano e rodoviário: gera baixo consumo com alta performance nos 2 ciclos de rodagem e possibilitar condução elétrica mesmo na estrada.
3) Tamanho compacto e baixo peso do conjunto motriz: a engrenagem dupla permite uma gama maior de utilização do powertrain e favorece a redução de peso e de tamanho.
4) Baixo nível de ruído e vibração: isso é possível graças à transmissão com apenas duas marchas e à oferta de condução elétrica por mais tempo que a maioria dos concorrentes.
5) Experiência real de veículo elétrico: possibilita atingir velocidade máxima de 140 km/h no modo elétrico e até 200 quilômetros de autonomia puramente elétrica, no caso da versão plug-in; além do uso do motor elétrico mesmo com baixo nível da bateria, graças ao modo gerador, que usa o motor a combustão pra fornecer energia elétrica.
Os powertrains do sistema DHT já estão sendo testados no Brasil, para que se adequem às condições de rodagem nacionais e para atender necessidades e preferências do consumidor. E um dos primeiros modelos a adotar a nova tecnologia será o Haval H6.
O sistema DHT permite a oferta de 3 versões de modelos híbridos: híbridos convencionais (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos plug-in com motor elétrico extra no eixo traseiro (PHEV P4).
O HEV usa o motor a combustão 1.5 turbo e uma dupla motorização elétrica, que gera para o eixo dianteiro entre 243 e 393 cavalos, com aceleração de 0 a 100 km/h entre 8 e 6,5 segundos.
O PHEV usa essa mesma configuração técnica, mas adiciona uma bateria maior, que possibilita uma autonomia elétrica de 200 quilômetros.
Já o PHEV P4 inclui um motor elétrico extra no eixo traseiro, resultando numa potência entre 393 e 483 cavalos e uma aceleração de 0 a 100 km/h entre 5 e 4,8 segundos, com até 180 quilômetros de autonomia elétrica. Por ter motor extra, o PHEV P4 proporciona ainda uma tração permanente nas 4 rodas, com divisão inteligente de torque entre os eixos: varia de 100% na dianteira a 100% na traseira. Essa distribuição de torque entre os eixos é automática e determinada em função da aderência ao piso e da estabilidade do veículo, combinando o melhor desempenho off-road em estradas de terra com a maior aderência e estabilidade em asfalto seco ou molhado, além de subir rampas com até 65% de inclinação.