BR-316 vem sendo modernizada em obras que estão gerando centenas de empregos
As obras da nova BR-316 já começaram em 6 das 26 estações de passageiros previstas ao longo da rodovia (serão, ao todo, 13 em cada sentido da pista); nos 2 terminais de integração (Ananindeua e Marituba); e na construção do Centro de Controle Operacional, no complexo da Polícia Militar, na avenida Augusto Montenegro. Os próximos passos serão a retirada de interferências (como redes de água, de energia elétrica e cabeamentos de empresas de comunicação) nos 10,8 quilômetros da obra e a implantação de um novo sistema de drenagem, que acabará com os pontos de alagamentos atuais.
Segundo o diretor-geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano, Eduardo Ribeiro, os primeiros 6 meses de serviços ficaram limitados por conta das fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Belém. Por isso, as grandes escavações e os trabalhos de terraplenagem e drenagem não puderam ser executados, sendo substituídos por obras como a construção das estações de passageiros e dos 2 terminais de integração.
Mas, mesmo com essas dificuldades iniciais, o NGTM, que é o órgão estadual responsável pelo projeto, acredita que o prazo final da obra (2º semestre de 2020), será cumprido. “Só poderemos entrar efetivamente nas pistas da BR-316 quando a drenagem estiver sendo feita, porque vamos trabalhar em paralelo. Serão, ao todo, mais de 20 quilômetros de drenagem, dos 2 lados da pista. Hoje, estamos com um pequeno atraso, porém faremos o possível pra recuperar o tempo que o inverno forte nos tomou“, ressalta o executivo.
A obra – A requalificação da BR-316 a transformará numa via moderna, com pistas com 3 faixas de rolamento e pavimento flexível; uma faixa em cada sentido exclusiva para o BRT (Bus Rapid Transit); duas ciclovias (uma em cada sentido) e com gramado próximo; calçadas arborizadas; faixa de piso tátil; rampas de acessibilidade, mobiliário urbano e paisagismo.
Também serão instaladas 26 estações de passageiros (13 em cada sentido); mais os 2 terminais de integração (Ananindeua e Marituba); 13 novas passarelas; 4 túneis de acesso ao BRT; o Centro de Controle Operacional; 4 túneis de acesso subterrâneo aos terminais e o viaduto de Ananindeua, que permitirá uma ligação direta entre as áreas ao sul da BR (como os conjuntos Julia Seffer e Aurá) até o conjunto Cidade Nova.
“Com a obra, o BRT Metropolitano levará o passageiro de Benevides ou Marituba até o centro de Belém numa viagem que poderá ser feita em no máximo 25 minutos, de maneira muito mais rápida e segura, com conforto e por meio de bilhete único. E, futuramente, haverá a integração com o BRT municipal de Belém, o que poderá levar esse mesmo passageiro até Icoaraci, via Augusto Montenegro. Do ponto de vista da mobilidade é, sem dúvida, um grande avanço pra região metropolitana de Belém, uma obra que já não poderia mais ser adiada, pois, a cada ano que passa, o projeto se tornaria mais difícil e mais caro“, ressalta o engenheiro Eduardo Ribeiro.
Empregos – Segundo o diretor-geral do NGTM, a obra já está gerando cerca de 500 postos de trabalho diretos e indiretos. Mas, no pico da obra, que será nos próximos meses, a estimativa é empregar mais de 1,3 mil trabalhadores em diversas áreas. Essas contratações vêm sendo feitas pelo Sistema Nacional de Empregos, responsável pelo cadastro e pela seleção dos profissionais. Além disso, o governo está priorizando a mão de obra local, principalmente de quem mora na região metropolitana de Belém.
É o caso do ajudante geral Clemildo Madeira, de 41 anos, morador de Marituba e trabalhador da construção civil desde o início da vida profissional, mas que estava desempregado há 1 ano e meio. Casado e pai de 3 filhos (um dos quais prestes a nascer), estava sobrevivendo de “bicos”. “A situação estava muito complicada, até que fiz meu cadastro no Sine e fui chamado. Hoje, graças a esse trabalho, posso levar o pão de cada dia pra casa e criar meus filhos com dignidade.“, comemora.
Quem também estava em situação parecida era o pedreiro Sidnei Marques, de 43 anos. Pai de 4 filhos e morando em Ananindeua, ele quer seguir na obra até o final do projeto. “Foi uma grande oportunidade, não só pelo trabalho em si, mas também porque estamos contribuindo para uma grande obra, que mudará a cara de Belém e dos municípios próximos“, se orgulha.
ILUMINAÇÃO PROVISÓRIA – O Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano também concluiu a iluminação provisória na rodovia. A medida não estava prevista no projeto, mas o Governo do Pará determinou que fosse incluída, para atender as necessidades de quem mora nas proximidades e trafega diariamente na BR-316. A iluminação foi feita com o posteamento nas laterais da BR. Ao todo, foram instaladas 120 luminárias, 60 de cada lado. O NGTM esclarece ainda que a obra prevê uma nova iluminação no canteiro central e nas laterais da via. Alguns postes do canteiro central precisaram ser retirados, por conta da construção das estações de passageiros (já são 6 frentes de obras em andamento). A iluminação provisória está exatamente nesses trechos, nas laterais, a partir do viaduto do Coqueiro (sentido Belém-Ananindeua) e durará ao longo de toda a execução dos trabalhos.