Trânsito intenso pode prejudicar as velas de ignição na volta às aulas
Agosto começando e aulas voltando. Hora de pegar aquele infame trânsito intenso, comum no dia a dia das grandes cidades, mas que pode ser prejudicial para o veículo, especialmente em componentes que sofrem desgaste independente da quilometragem rodada, como as velas de ignição. Segundo a NGK, referência em sistemas de ignição, isso acontece porque, embora o carro esteja parado no congestionamento ou numa fila em frente ao colégio, esperando o filho sair, o motor continua funcionando e em condições que não são das mais adequadas, como baixa rotação e baixa temperatura na câmara de combustão. “Muitas vezes, o motorista se baseia só na quilometragem pra realizar as revisões. O que não é correto. No trânsito intenso, a quilometragem não é alterada, mas os componentes continuam trabalhando sob condições severas.“, explica Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK.
As próprias montadoras recomendam que os veículos que encaram congestionamentos com frequência devem antecipar pela metade o plano de manutenção. Se o manual do proprietário orienta a inspeção das velas a cada 20 mil quilômetros, as mesmas devem ser analisadas por um especialista após 10 mil quilômetros. Velas deterioradas podem causar problemas como dificuldade ao dar a partida, consumo excessivo de combustível, falhas nas retomadas de velocidade e aumento das emissões de poluentes. Por isso é bom realizar a revisão da ignição periodicamente. “Devido à evolução tecnológica, os motores estão condicionados a trabalhar em situações adversas, o que impede que o motorista perceba a falha no início. Assim, quando o dono identificar o problema, ele já estará ocorrendo há algum tempo. Além do aumento no consumo, isso poderá ter prejudicado outros componentes importantes.“, ressalta Mori.
Verificação visual identifica problemas graves – Durante a revisão, o profissional identifica problemas verificando a aparência das velas, o que pode sinalizar falhas no motor como excesso de combustível, infiltração de óleo e de fluido de arrefecimento na câmara de combustão, bem como uso de gasolina ou etanol de má qualidade. Por isso é importante também fazer a checagem visual do sistema de ignição, incluindo cabos e bobinas. Só assim será possível identificar trincas e rachaduras no corpo da bobina e oxidações nas torres de alta tensão e terminais, além de detectar cortes, oxidação e degradação dos terminais nos cabos de ignição.
A manutenção preventiva ajuda a evitar falhas graves no motor, além de ter valor de reparo menor para o dono do carro. O especialista da NGK alerta que, deixar pra depois a manutenção periódica, além do risco de danificar outros componentes, eleva o custo da manutenção e aumenta o consumo, o que representa um custo alto, muitas vezes não contabilizado. Ou seja, fazer as revisões periodicamente gera economia.