Início de ano é uma época boa pra quem deseja comprar ou trocar de carro
Com o ano começando, com o 13° no bolso e com a liberação do saque do fundo de garantia, há uma série de possibilidades sobre como usar este dinheiro extra que anualmente entra no orçamento familiar. Se muitos o usam pra quitar dívidas, viajar e curtir as férias, outros têm em mente algo ainda maior: comprar ou trocar o veículo usado pela família.
Segundo o economista presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná, Carlos Magno Bittencourt, o uso do 13° se tornou objeto de interesse dos lojistas. Já quanto à liberação do saque do FGTS, pelo valor ser baixo, colaborará pouco pra aquisição de um veículo. Contudo, se ambos forem somados, contribuirão para que o comprador possa dar uma entrada maior, principalmente se o juro for zero, fazendo com que as parcelas posteriores ou o tempo de financiamento sejam menores – o que, por consequência, não compromete o orçamento. Lembrando sempre que este tipo de compra gera dívida de médio a longo prazo.
Outro fator levantado pelo economista são as taxas de juros praticadas pelo mercado de venda de veículos, que variam conforme o tipo de financiamento realizado e da instituição financeira. Por isso é melhor ficar atento se há taxa de abertura de crédito, se há algum seguro embutido (como contra furtos, roubos ou intempéries) e se eventuais descontos vêm em forma de acessórios. Caso haja, é bom negociar direto com a loja.
Porém, antes de qualquer decisão, o consumidor deve colocar na balança se é mesmo a hora de trocar e/ou comprar um veículo, pois é uma conta que compromete pelo menos 24 meses do orçamento. Portanto, calcular um valor que poderá ser pago em dia e também o que deverá ser renunciado ou cortado do orçamento para acomodar a nova obrigação deve fazer parte do planejamento financeiro. Há, além da aquisição do veículo, gastos com combustível, IPVA, licenciamento, seguro e manutenção, que também devem constar no planejamento.
SEMINOVO – E na hora de buscar por veículo, é importante ter em mente algumas orientações. Segundo o vice-presidente da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná, Antônio Gilberto Deggerone, o histórico do veículo é essencial para que o potencial comprador tenha certeza de que está investindo seguramente seu dinheiro. No histórico estão presentes a quilometragem total do automóvel, revisões e manutenções, bem como se o veículo está em alienação fiduciária ou com algum outro tipo de restrição. Segundo Deggerone, é preciso saber se o proprietário da loja onde o comprador deseja fazer negócio age de forma transparente, com decência e profissionalismo nas práticas que adota, pois isso influencia no bom andamento do fechamento do negócio.
Também deve-se certificar se a loja é de confiança e oferece condições justas. As melhores revendas são as que atuam com veículos de procedência (com documentações em ordem), têm agilidade na transferência e oferecem equipes de vendas qualificadas, bem como agilidade no processo de financiamento, boas taxas de juros e prazos com as melhores financeiras do Brasil. Há ainda a vantagem de se optar por um seminovo, que costuma ser melhor para o bolso, já que ele sofre menor depreciação no mercado e pode ser comprado por um preço atrativo e com opcionais.
Tendo-se em vista todos esses quesitos, a utilização desta renda extra torna-se um benefício ao comprador. Afinal, seu poder de negociação aumenta consideravelmente, criando melhores possibilidades de fechar negócio, especialmente nesta época quando os lojistas procuram aumentar o giro em seus comércios, com várias promoções. Entretanto é necessário compreender que se a compra do carro não trouxer nenhum resultado ou benefício para o proprietário, ela deixa de ser um investimento e passa a ser gasto desnecessário.