Alpine faz estreia mundial do A110 E-ternité 100% elétrico no Grande Prêmio da França 2022 de Fórmula 1
“Quero eletrificar a Alpine para que ela se insira na eternidade”. Este comentário foi feito por Luca de Meo, pouco após sua chegada ao grupo Renault. E o desafio foi aceito por Laurent Rossi (CEO da Alpine) e pelos engenheiros da marca.
Em menos de 1 ano, se concretizou o audacioso desafio, que foi além, com a apresentação do conversível elétrico A110 E-ternité, que serve de ligação entre um passado de grande prestígio e um futuro 100% eletrificado.
Comprometido com a motorização elétrica há mais de 10 anos, o grupo Renault é pioneiro neste tipo de propulsor. A chegada de Luca de Meo e o anúncio de gama 100% elétrica na Alpine permitiram um direcionamento claro pras equipes. E o A110 virou um laboratório para estes trabalhos de pesquisa, por ser reconhecido pela leveza e agilidade.
No Alpine A110 E-ternité, os módulos de baterias são idênticos aos do Renault Mégane E-Tech 100% elétrico, mas foi necessário ainda projetar algumas estruturas de proteção específicas e adaptar a arquitetura interna para se obter uma distribuição equilibrada do peso e instalar os 12 módulos de baterias.
Para isso foram instalados 4 módulos na frente e 8 atrás. E, mesmo assim, ele se manteve bastante leve, com aumento de apenas 258 quilos, graças ao peso contido do conjunto de baterias (392 quilos).
Para que o desempenho não provocasse aumento de energia (que requer baterias maiores), foi incluída uma transmissão inovadora, eficiente e macia, que não provocasse a quebra de torque e fosse leve e compacta. Daí surgiu uma com dupla embreagem e controle eletrônico semelhante à do A110 a combustão, mas capaz de atingir um torque mais alto.
A orientação era simples: eletrificar o A110, mas mantendo a performance, o equilíbrio e a agilidade. O E-ternité conseguiu tudo isso e ainda ganhou um multimídia inovador, um sistema de áudio com tecnologia de ponta e um teto conversível e sem ruídos, além de materiais que aliam robustez e sustentabilidade – alguns produzidos a partir do linho, que é tão resistente quanto o carbono e gera uma melhor performance acústica.
A central multimídia utiliza o tablet pessoal do motorista para oferecer uma natural conectividade, baseada no Android e permitindo centralizar todos os aplicativos do usuário num único aparelho. A solução foi ligar a fiação diretamente no painel de instrumentos, mantendo o mesmo computador de interface eletrônica.
Já o sistema de áudio associa oito alto-falantes e um subwoofer para proporcionar uma experiência de som surround, com a inclusão de uma via central e duas caixas acústicas na traseira.
E o teto conversível foi integrado à estrutura do Alpine A110 E-ternité – uma solução que não afetou a rigidez, graças a duas estruturas fabricadas com carbono reciclado.