Conheça os sinais de desgaste dos freios
O sistema de freio do veículo é essencial pra garantir a segurança nas estradas. Por isso, o motorista deve ficar sempre atento a alguns componentes, que devem ser trocados antes de perderem a eficácia e acabarem provocando acidentes.
A manutenção preventiva deve ser feita a cada 5 mil quilômetros rodados para a revisão de discos, pastilhas, lonas, tambores e fluidos hidráulicos, afirmam os especialistas em sistemas de freios.
Além das manutenções periódicas, que ajudam a reduzir o custo de eventuais reparações corretivas, o proprietário do veículo também deve estar alerta a qualquer sinal de anomalia nos freios. Vários sinais indicam que o sistema pode estar com defeito: quando o veículo demora a frear, ele pode ter algum problema de aderência entre as pastilhas e os discos ou entre a lona e o tambor – ou ainda desgaste de discos e de superfície de pastilhas.
A suspensão, o estado de conservação dos pneus e até mesmo as condições da malha viária também influenciam no coeficiente de atrito no momento da frenagem.
Outro indício de que o sistema de freios deve ser reparado é o pedal duro, geralmente provocado por vazamento do servo-freio, que tem a função de multiplicar a força do pedal. Já o pedal baixo pode ser indicativo de desgaste de pastilha e de disco ou de vazamentos no sistema hidráulico, no cilindro mestre, na pinça ou nos flexíveis de freio. Numa oficina há como realizar testes de estanqueidade e de vedação do servo – se necessário, o componente tem que ser substituído.
Como precaução, o sistema de freio é cruzado. Então, se ocorrer algum vazamento por um flexível rasgado, o motorista terá uma roda dianteira direita e uma traseira esquerda funcionando – ou seja, sempre há duas rodas trabalhando, pra não perder totalmente a capacidade de frenagem.
É importante verificar ainda o fluido de freio, já que o seu nível só baixa em caso de vazamentos. Os ruídos geralmente estão ligados ao coeficiente de atrito entre o disco e a pastilha ou lona e tambor. Se a superfície de disco tem deformação, está marcada ou frisada, a área de atrito da pastilha não é perfeita, ocasionando ruído.
Antigamente, as pastilhas eram produzidas com amianto, mas agora são semimetálicas, fabricadas com fibras sintéticas, compostos orgânicos e elementos metálicos, o que faz com que proporcionem uma melhor dissipação de calor e ofereçam uma série de vantagens em termos de durabilidade.
Mas a pastilha precisa trabalhar em superfície plana. Por isso, o ideal é, ao trocá-la, substituir também os discos – que devem ter espessura mínima, sob risco de empenar ou trincar, além de ficar mais vulnerável a choques térmicos.
Por fim, para assegurar o bom desempenho do sistema de frenagem, há outra questão fundamental: toda vez que se realiza qualquer tipo de reparo nos freios, é preciso fazer a sangria, para retirar uma pequena parte do fluido, bem como o ar presente no circuito. A durabilidade das pastilhas varia conforme o peso e o tamanho de cada veículo e as condições de circulação do automóvel. Então, recomenda-se realizar a revisão do sistema de frenagem utilizando profissionais capacitados, que sempre usam avançados equipamentos de diagnose.