Golf GTE iniciou a eletrificação da Volkswagen no Brasil
Está começando a eletrificação da Volkswagen na América do Sul. A montadora quer lançar 6 veículos híbridos e elétricos na região nos próximos anos. E o primeiro foi o Golf GTE, esportivo híbrido plug-in e primeiro híbrido da história da marca alemã no Brasil, além de ser ideal tanto para a cidade quanto para a estrada, pois pode rodar 50 quilômetros em modo totalmente elétrico e tem autonomia de mais de 900 quilômetros, quando inclui o motor a gasolina.
O Golf GTE vem equipado com 2 motores: um a combustão 1.4 turbo com 150 cavalos e um elétrico de 102 cavalos, que combinados geram 204 cavalos, fazendo com que chegue aos 100 km/h em 7,6 segundos e alcance os 222 km/h. Mas quando o motor elétrico é a única força de propulsão, ele chega aos 130 km/h e não emite poluentes.
A bateria precisa de 2 horas e 45 minutos pra carregar completamente, seja numa tomada convencional de 220V ou numa estação de recarga. O motor elétrico recebe energia de uma bateria de íons de lítio de alta voltagem (380V) com arrefecimento líquido, que pode ser carregada por meio de um soquete atrás do logotipo VW na grade. Ela pesa 120 quilos, cerca de 8% dos 1.524 quilos referentes ao peso total do carro.
O GTE tem ainda câmbio automático de 6 marchas desenvolvido especificamente para híbridos, com 3 embreagens: duas atreladas ao motor a combustão interna e uma específica para o motor elétrico. O sistema inclui ainda componentes eletrônicos de força (que convertem a corrente contínua da bateria para corrente alternada, pra movimentar o motor) e um carregador. Um servo-freio eletromecânico e um compressor elétrico melhoram a operação e a eficiência dos freios e do ar-condicionado, especialmente quando é usado no modo elétrico.
O sistema híbrido plug-in possui tecnologias que aproveitam ao máximo a energia disponível, seja a produzida pelo veículo ou em função de seu deslocamento. Um exemplo é a energia cinética, normalmente desperdiçada nos modelos “comuns” a combustão. Isso porque, todas as vezes que o motorista pisa no freio, o sistema reaproveita a energia gerada pelo movimento da roda, convertendo-a em mais carga pra bateria.
Essa mesma lógica é usada quando o veículo está numa descida e não se está acelerando – a energia gerada pelo freio-motor é transformada em carga adicional pra bateria. Nessa situação, o Golf GTE oferece um modo mais robusto de recarregar a bateria: basta acionar a alavanca de câmbio pra baixo, ativando o modo “B”, pra intensificar a atuação do freio-motor, gerando mais energia pra alimentar a bateria.
A tecnologia híbrida do Golf GTE oferece vários modos de funcionamento:
No modo elétrico, basta acionar um botão ao lado do câmbio, o que torna o Golf GTE totalmente livre de emissões. No modo híbrido, o sistema escolhe qual a forma mais eficiente para cada situação de uso: se o carro estiver numa condição em que o motor elétrico é mais eficiente, apenas esse sistema é utilizado. Mas se há uma situação em que é preciso potência adicional, o motor 1.4 turbo é acionado. Ele também possui a função de usar a carga da bateria ou mantê-la – neste caso, o motor a combustão é mais exigido. E tem o modo recarga, onde apenas o motor 1.4 turbo é usado, mandando energia pras rodas e fornecendo carga pra bateria.
Dentro, tudo é intuitivo, a começar pelo multimídia que mostra a autonomia elétrica momentânea e o fluxo de energia na aceleração, nas frenagens e nas desacelerações, bem como estatísticas de emissão zero.
A designação GTE está alinhada com as siglas GTI e GTD, ícones esportivos da linha. Em 1976, o 1º GTI gerou a expressão “hot hatch”, sendo que o “I” referia-se à injeção eletrônica de combustível, enquanto que o “D” – apresentado pela 1ª vez em 1982 – identificava a injeção de diesel.