Mercedes-Benz Sprinter completou 25 anos no mundo
A Mercedes-Benz Sprinter estreou 25 anos atrás na Alemanha. Pra marcar sua estreia no mundo em 23 de janeiro de 1995, a montadora enviou 500 unidades da van recém produzida em Düsseldorf a uma apresentação para as suas unidades de vendas. Esse foi o começo de uma nova era no mundo dos veículos comerciais leves com PBT (peso bruto total) de 2,6 a 4,6 toneladas. E graças ao grande sucesso desse veículo, esse segmento do mercado ficou conhecido desde então como categoria Sprinter.
No Brasil, a Sprinter está em sua 3ª geração e se consolidou no mercado pela numerosa oferta de soluções de mobilidade para pessoas e cargas. Em 2019, ela cresceu em todos os segmentos de atuação no país, encerrando o ano liderando as vendas de vans de passageiros, com 5.860 unidades emplacadas e 48% de participação, 37% de crescimento sobre 2018.
A Sprinter também antecipou uma transformação revolucionária já nos anos 1990, quando ganhou tecnologia de ponta, incluindo freios a disco nas 4 rodas com sistema ABS que incluía diferencial automático, além de carroceria enxuta, baixo consumo e muitas outras vantagens.
A Sprinter substituiu a Série T 1, também conhecida como Bremer Transporter. A designação interna da 1ª geração (séries de 901 a 903) serve como lembrete disso, pois ficou internamente conhecida como T 1 N. De janeiro de 1995 em diante, ela foi disponibilizada nos modelos 208 D / 308 D, 212 D / 312 D e 214 / 314, com 2 motores diesel (OM 601 D 23 e OM 602 DE 29 LA) e um motor à gasolina de 4 cilindros, o M 111 E 23. O motor de 5 cilindros turboalimentado de 2,9 litros com injeção direta, intercooler e 122 cavalos causou grande sensação.
A variedade foi grande desde o início. Isso significava que a van se posicionava como multifuncional. As versões de construção incluíam os chassis, a de carroceria tipo plataforma ou basculante, de cabine dupla ou simples, a de carga e de passageiros com 5 ou 9 bancos, podendo ter teto baixo ou alto. Foram disponibilizados entre-eixos de 3.000, 3.350 e 4.025 milímetros. E o peso bruto total (PBT) era inicialmente de 2.590, 2.800 ou 3.500 quilos.
A Sprinter não só demonstrou suas habilidades em logística, mas também em muitas outras áreas de aplicação, como as voltadas aos canteiros de obra e comércio, bem como atuação em serviços públicos municipais e no transporte de passageiros, além de serviços de combate a incêndio e emergências. Também é recomendada pra atuar com van pra camping e como base de incontáveis estruturas especiais.
A Sprinter foi recebida pelos especialistas de maneira excepcionalmente positiva em sua estreia. Num teste organizado pela revista do comércio da Alemanha chamada Lastauto und Omnibus, ela foi classificada como o veículo com motor mais econômico. Além disso, num teste independente realizado pela publicação, foi considerada “o veículo de transporte mais silencioso disponível atualmente”. Não foi surpresa então que tenha sido considerada a Van do Ano logo na sua estreia.
Na feira de veículos comerciais de Paris Mondial du Transport Routier de 1995, a Sprinter estreou com peso bruto total (PBT) aumentado de 4.600 quilos. As versões 408 D, 412 D e 414 de 4,6 toneladas com rodado duplo no eixo traseiro representaram uma categoria de peso anteriormente reservada para os veículos de carga grande da Mercedes-Benz e estavam também disponíveis numa Sprinter mais compacta. Ao mesmo tempo, a Mercedes-Benz apresentou a versão com propulsão elétrica, a 308 E com motor de 45 cavalos trifásico assíncrono. Nos anos seguintes, testou Sprinters com propulsão híbrida tipo plug-in e com célula de combustível.
Graças a contínuas reestilizações e atualizações, a 1ª geração da Sprinter continuou sendo atualizada até seu final da produção em Düsseldorf, em 2006. A 1ª reestilização ocorreu em 2000. A parte externa é reconhecida pela estrela elevada no capô. No interior, recebeu novo painel, com alavanca de câmbio integrada. Além disso foram adotados novos motores diesel com injeção direta por duto comum. A potência ia de 82 a 156 cavalos. O sucessor estreou numa versão revisada em 2002, com controle de estabilidade. E em de 2003, saiu a milionésima Sprinter de Düsseldorf.
A Mercedes-Benz produziu a 1ª geração da Sprinter também em Buenos Aires. Além disso, em CKD, foram produzidos em kits de peças na cidade de Ho Chi Minh. Depois do término da produção de Düsseldorf em 2006, o T 1 N continuou a ser feito na Argentina. A empresa MCV (Manufacturing Commercial Vehicles), que se originou a partir de uma distribuidora geral Mercedes-Benz do Cairo, ainda a produziu por vários anos no Egito. A partir de 2013, a fabricante russa de veículos comerciais GAZ fabricou cerca de 25 mil unidades pra Rússia. Além disso, a Sprinter reestilizada se demonstrou uma autêntica cidadã global na América do Norte a partir de 2001, quando foi oferecida pela Freightliner e pela Dodge.
A 2ª geração estreou em Stuttgart em 2006 e a série do modelo 906 foi internamente batizada de NCV 3 (New Concept Van). As versões chassis + plataforma da Sprinter eram feitas em Ludwigsfelde e a com tração total foi mostrada na feira de veículos comerciais IAA de Hannover.
A 3ª geração estreou em 2018 e está disponível na série do modelo 907 com tração traseira ou tração total. E pela 1ª vez também com tração dianteira na série do modelo 910. Os destaques incluem a opção para interconexões em rede digital abrangente, cabine ergonomicamente otimizada e incontáveis inovações de segurança.
Em dezembro de 2019, a Mercedes-Benz apresentou a eSprinter, com propulsão elétrica por bateria e marco de evolução rumo à eletrificação das suas vans comerciais. Ela será oferecida com potência de 116 cavalos para as que possuem tração dianteira e 47 kWh ou 35 kWh de capacidade útil da bateria. Dependendo da configuração, há diferentes níveis de carga útil, autonomia e velocidade máxima.