Mini: 60 anos de uma história revolucionária

Há 60 anos, a Mini revolucionou a mobilidade urbana ao oferecer um veículo compacto por fora e gigante por dentro, com muito espaço interno, apesar das dimensões externas mínimas, graças a soluções inteligentes na cabine, além de oferecer consumo de combustível, visual diferenciado, assento para 4 ocupantes, dirigibilidade esportiva impecável e preço muito acessível.

O pioneiro do segmento de veículos premium compactos surgiu no dia 26 de agosto de 1959, das mãos da British Motor Corporation.

Logo na estreia, o público conheceu nada menos que 2 modelos: o Morris Mini-Minor e o Austin Seven.

Medindo apenas 3,05 metros e vendido a £ 496 (cerca de R$ 2.500), o Mini era simplesmente perfeito para vagas apertadas de estacionamento e orçamentos restritos.

Desde então, os modelos da marca inglesa evoluíram em segurança e tecnologia, sem perder uma característica marcante desde o início das vendas, em 1959: o design único, original e carismático.

O pioneiro Mini clássico apresentou ao mundo um visual inovador, com faróis e luzes auxiliares de neblinas circulares, separados por uma extensa grade trapezoidal.

Os vincos no capô acompanhando o formato dos faróis, o para-brisa com caimento vertical e as portas laterais com desenho limpo e sem vincos arrematavam os fundamentos de um estilo único que perdura até os dias atuais.

Naturalmente, houve novas versões e carrocerias ao longo dos anos. Nascido de um esboço feito num guardanapo de papel, o Mini clássico logo demostrou a dirigibilidade de um kart (mais tarde conhecida como ‘go-kart-feeling’) e venceu diversas competições nos anos 60, graças ao John Cooper, mecânico de carros de corrida cujo sobrenome viria a batizar tanto os motores da marca quanto as suas versões mais potentes e de visual mais apimentado.

Em 1991, o primeiro Mini conversível surgiu baseado no modelo clássico, com estrutura reforçada e subchassi integrado. Para-choques específicos, arcos das rodas alargados e adereços nos frisos das soleiras lhe deram uma aparência exclusiva. O para-brisa vertical permitia que motorista e passageiros percebessem que estavam ao ar livre assim que o teto fosse recolhido. Eixos bem perto das extremidades da carroceria, grandes caixas de rodas, linha de ombro elevada e vários elementos de estilo marcantes não deixavam dúvidas quanto às origens do conversível de quatro lugares. E graças à capota retrátil e de formas precisamente definidas, os contornos tradicionais de um legítimo Mini eram instantaneamente reconhecidos com o teto fechado.

Com o passar dos anos, os designers da Mini sempre buscaram novas soluções e desenhos criativos e inéditos. Com isso, uma série de modelos conceituais foram surgindo, alguns um tanto exóticos, como o ACV 30 (de 1997, que chamava a atenção pelos contornos salientes da carroceria, sobretudo nas caixas de rodas), o XXL (que surgiu nas Olimpíadas de Atenas, com 6 metros de comprimento, 6 rodas e uma banheira de hidromassagem) e o Beachcomber Concept (de 2009, um jipinho sem portas nem teto, que vinha com 4 assentos individuais e tração 4×4).

Nos anos 2000, a montadora ampliou sua linha de modelos com carrocerias de dimensões então inéditas, porém sem perder o design clássico. É o caso do Clubman (de 2007) e do Countryman (de 2010).

Atualmente, a Mini segue como referência em termos de design. Tanto que um Cooper S 3 portas foi criado pelo chefe de design Oliver Heilmer e sua equipe pra celebrar o casamento real entre o príncipe Harry e Meghan Markle. Uma série de detalhes exclusivos dedicados ao casal real garantiam ao modelo um visual único, como o teto estilizado com uma mistura das bandeiras do Reino Unido e dos Estados Unidos. Quando as portas dianteiras eram abertas, um feixe de luz direcionado no chão projetava a frase “Just Married” (recém-casados). Depois, o modelo foi entregue à Associação de Crianças com HIV, após ser leiloado no festival de velocidade de Goodwood.