Não esqueça do fluído do câmbio automático
O Brasil passa por uma mudança no perfil de comportamento do consumidor. Segundo um estudo da Bright Consultoria, em 2019, pela 1ª vez os veículos sem pedal de embreagem devem ser maioria no mercado. O relatório revela que os carros automáticos devem representar 51,33% da frota brasileira, refletindo a tendência dos usuários em buscar mais conforto e comodidade na hora de dirigir. Com este novo cenário, o consumidor deve atentar que este tipo de automóvel requer maior manutenção preventiva, especialmente em relação à troca do fluido de transmissão.
A transmissão de um veículo é um conjunto de componentes que tem como principal objetivo levar a energia produzida pelo motor até as rodas e regular a força que vai para essas rodas através da troca das marchas. E a transmissão automática difere da convencional pelo fato de não precisar da ação do motorista para selecionar manualmente as marchas, que passa a ser feita de maneira eletrônica.
Com a evolução das transmissões e a constante busca de performance e economia de combustível, as montadoras foram diversificando a composição e os materiais utilizados, pra melhorar a eficiência dos conjuntos, demandando a necessidade de aplicar fluidos específicos para cada tipo de transmissão, seguindo as homologações dos fabricantes.
FLUÍDO: BENEFÍCIOS – Para os automóveis com câmbio automático, os avanços tecnológicos significam que nunca foi tão importante selecionar corretamente o fluído, pra garantir o desempenho desejado. Cada transmissão possui sua característica de trabalho conforme o foco de cada montadora, trabalhando em temperaturas e rotações diferentes. Elas têm características diferentes umas das outras e, por isso, exigem um fluído específico, contemplando aditivos e componentes projetados para atender os requisitos de cada marca. Para um prolongamento da vida útil do câmbio, é imprescindível a troca correta desse fluído, sempre dentro dos prazos estipulados pelo fabricante da transmissão. Se a troca não for feita no período indicado, podem acarretar problemas como perda de potência do motor, dificuldade na troca de marchas e, principalmente, desgastes de componentes internos, que podem gerar até a quebra do câmbio.
FLUÍDO: COMO ESCOLHER – É essencial ficar atento à qualidade do fluido e escolher sempre aquele aprovado ou homologado pelo fabricante. Economizar usando óleos mais baratos pode ser um tiro no pé, já que os fluídos com preços abaixo da média, na grande maioria não têm regulamentação e encurtam a vida do conjunto, uma vez que não contêm os aditivos adequados e/ou não atingem a quantidade adequada pra transmissão, provocando um grande prejuízo a curto prazo. Evitar problemas com a transmissão e manter a saúde do veículo compensam o custo mais elevado com a escolha do fluído ideal.
Outro cuidado importante é com o líquido de arrefecimento do motor, que refrigera o motor mas também mantém a temperatura ideal de trabalho nos fluídos das transmissões automáticas. Se o motor ferver, o câmbio também superaquece e os componentes podem ficar comprometidos. Assim como os fluídos de transmissão automática, é fundamental usar líquidos de arrefecimento homologados pelas montadoras. Pra certificar se está usando o fluído correto, é importante verificar o manual dos automóveis ou acessar o catálogo online dos fabricantes de transmissão.
Investir num fluido de transmissão corretamente homologado não só garante um óleo qualificado e submetido a testes rigorosos, como aumenta a eficiência de combustível e melhora a experiência de condução, proporcionando tranquilidade durante toda a vida útil do veículo.