O passo-a-passo para comprar seu primeiro blindado
O Brasil é o número 1 no mundo em blindagem urbana mas, por uma série de motivos relacionados à segurança, comprar um automóvel blindado não é tão simples quanto adquirir um carro convencional. Há uma série de procedimentos que precisam ser seguidos para se efetuar a compra, afinal, é preciso saber se o comprador não é um terrorista que vai usar o veículo para escapar dos tiros da polícia (brincadeirinha). Confira quais os passos para quem deseja ter um carro blindado no Brasil:
• A revendedora do automóvel terá de ser certificada pelo Exército, com Certificado de Registro-CR.
• O veículo blindado só poderá ser vendido à pessoa física ou jurídica que comprovar idoneidade ao vendedor.
• A revendedora (como a blindadora) deverá solicitar autorização à Região Militar para vender aquele automóvel específico. Essa autorização será feita no próprio documento. A documentação citada no item anterior deverá acompanhar esse requerimento.
• Após autorizar a venda do veículo, a Região Militar emitirá documento para fins de registro no órgão de trânsito estadual, com os dados do respectivo carro (os mesmos que constam do CRLV) informando tratar-se de veículo blindado com autorização do Exército Brasileiro. A declaração será entregue ao dono do automóvel ou seu representante legal.
• O carro só poderá ser entregue ao novo proprietário após ter sido registrado no órgão estadual de trânsito.
• Transferência de propriedade: a pessoa interessada para quem o veículo blindado será transferido deverá ter autorização prévia da Secretaria de Segurança do Estado onde resida. O automóvel deverá ter sido registrado anteriormente.
ROUBO OU PERDA TOTAL – Em caso de furto ou roubo de carro blindado, a ocorrência precisará ser comunicada à autoridade policial e um Boletim de Ocorrência deverá ser registrado e encaminhado à Secretaria de Segurança Pública. Em caso de perda total do veículo blindado provocada por acidente, é preciso dar baixa do automóvel junto ao órgão de trânsito do Estado e dar conhecimento do ocorrido ao órgão competente da Secretaria de Segurança Pública.
SEGURANÇA – O nível de blindagem mais procurado é o III A, que suporta até disparos de calibre 9 mm e 44 Magnum. Todo o carro é revestido internamente com uma manta de Kevlar (aramida), material de alta resistência contra tiros. Os vidros balísticos geralmente têm 21 milímetros de espessura e são feitos como um “sanduíche” de 3 camadas de vidro e uma de policarbonato. Em volta das janelas são colocadas proteções extras de aço balístico, de 2,5 a 3 mm de espessura, à prova de disparos feitos em ângulo.
Colunas, contorno de teto, maçanetas e outros pontos vulneráveis também recebem reforço de aço. Para não furar a carroceria, o metal é fixado com uma cola especial, importada. A blindagem feita sem furos – além de cola especial, é usada solda de alumínio – não altera a estrutura do veículo e mantém a flexibilidade da carroceria. Outros equipamentos oferecidos são a cinta de aço no pneu (que pode rodar furado) e a sirene, útil para desencorajar possíveis abordagens, evitando que os ocupantes do automóvel se exponham ao risco. A blindagem acrescenta entre 150 e 180 quilos, dependendo do modelo.