Obras na BR-316 avançam, incluindo drenagem e orientação do Detran-PA
O Governo do Estado do Pará, por meio do seu Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano, iniciou a drenagem da BR-316, etapa importante das obras de requalificação da rodovia, que antecede o serviço de drenagem subterrânea. O serviço começou no sentido Belém-Ananindeua e atinge diretamente a rua Celestino Rocha, na altura do km 4 da rodovia, que precisará ficar interditada por cerca de 60 dias. Durante esse tempo, quem precisar acessar a via terá duas rotas: pela rua Ricardo Borges (cerca de 300 metros antes) ou por acesso provisório pela área da antiga arena Yamada, menos de 10 metros depois, que foi preparada pra receber os veículos.
Mas motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres que usam a BR-316 diariamente deverão ficar mais atentos durante o período da obra. “Pra dar maior comodidade às pessoas que precisam ir ao cemitério Recanto da Saudade, o Governo do Pará criou uma via alternativa pelo terreno de propriedade do grupo Yamada, que permite o acesso à rua Celestino Rocha”, informa o engenheiro Eduardo Ribeiro, diretor-geral do NGTM, que afirma ainda que esse é o 5º dos 7 serviços que estão previstos conforme o cronograma de obras que a diretoria e equipe técnica do órgão se esforça para cumprir desde 15 de janeiro de 2019. “Assim eliminaremos pontos de alagamentos existentes na BR-316. A etapa é de extrema importância, pois dará a possibilidade de execução da nova pavimentação da rodovia. É uma obra tão importante quanto a de remanejamento de interferências que está sendo feita, como o reposicionamento dos postes de energia elétrica e todos os cabeamentos pendurados – e, em alguns trechos, a retirada da tubulação de água. O trabalho é necessário, pois faz parte das obras de requalificação da rodovia e que trarão mais condições de trafegabilidade.”, finaliza.
Os trabalhos de drenagem consistem em topografia (estudo da geografia da área), escavações, remoção do material escavado, tubulação de drenagem, assentamento da tubulação, reaterro, drenagem superficial e pavimentação. “É importante que as pessoas saibam que, pra realizar esse serviço de extrema importância, serão feitas escavações e máquinas estarão pelas ruas, bem como caminhões pesados levando tubulação de drenagem. Por isso, a população precisa se sensibilizar para os cuidados que deve ter com a mudança na rotina e saber que haverão transtornos, necessários pra melhoria.”, explica o engenheiro Alberto Matta.
Ações estratégicas também estão sendo feitas junto à população que mora na área impactada, levando informação e conscientização sobre as mudanças temporárias. Também há sinalização na pista onde se dá o acesso provisório. “Contamos com a colaboração da sociedade para os atropelos temporários que a obra causará”, finaliza Eduardo Ribeiro. Após essa fase, iniciarão as etapas que impactam diretamente no fluxo de veículos: requalificação das faixas de veículos e construção de via expressa (junto ao canteiro central), ciclovia e calçada, além de pavimentação da rodovia.
REQUALIFICAÇÃO – No dia 15 de janeiro de 2019, o Governo do Estado do Pará começou a executar as obras de requalificação da BR-316, que vai do Entroncamento a Marituba e que melhorará a mobilidade, junto a um sistema eficiente de transporte público por ônibus. “Isso é de fundamental importância pro ordenamento da BR, principal via de entrada de Belém e na região metropolitana. O prazo para que isso ocorra é desafiador e vai envolver a compreensão da população para chegarmos a uma condição melhor de trafegabilidade.”, conclui Eduardo.
Serão implantadas 4 faixas de rolamento por sentido da rodovia, sendo 3 de asfalto para tráfego geral e uma de concreto pro BRT, bem como ciclovias nos 2 sentidos, calçadas arborizadas com 2,5 metros de largura, faixa de piso tátil e rampas de acessibilidade, finalizando com paisagismo. Também serão instaladas 26 estações de passageiros (em ambos os sentidos) e 13 passarelas de pedestres com acessibilidade ao longo de 10,8 quilômetros. Estão previstos ainda 2 terminais de integração (Ananindeua e Marituba), um Centro de Controle Operacional, 4 túneis de acesso subterrâneo aos terminais e o viaduto de Ananindeua, que fará ligação direta entre as áreas ao sul da BR – como os conjuntos Júlio Seffer e Aurá – à Cidade Nova.
ORIENTAÇÃO – Ainda na BR-316, agentes de educação e fiscalização do Departamento de Trânsito do Estado do Pará estão orientando pedestres e ciclistas, para que usem de forma adequada os dispositivos de segurança disponíveis na via, como faixas e passarelas, alertando também sobre imprudências que possam causar acidentes. “A nossa ação é no sentido de sensibilizar e conscientizar as pessoas quanto a essa travessia da BR, para ela ser feita de maneira correta e no lugar apropriado, pois as pessoas insistem em manter condutas inadequadas no trânsito. Por isso estamos aqui, para orientar e educar”, comenta o coordenador de Educação do Detran, Victor Oliveira, ressaltando que a equipe de Educação do Detran-PA tem escala fixa na rodovia, com 10 agentes se revezando na função e distribuídos em pontos considerados críticos, especialmente no perímetro de Ananindeua, nos quilômetros 4, 7 e 8. Eles contam com o apoio da fiscalização do órgão, que mantém 6 equipes ao longo dos 18 primeiros quilômetros da rodovia – que é o trecho de responsabilidade do Detran-PA. “Esse trabalho em conjunto é fundamental, pois são muitos os gargalos na BR, até pela obra que está sendo feita, pelo estreitamento de via, pelo remanejamento de retornos e pela readequação na sinalização. Então, fiscalização e educação têm que trabalhar juntas para minimizar esse impacto.”, diz o agente Almir Silva.
Um dos aspectos mais observados pelos agentes durante a ação diz respeito aos ciclistas, que geralmente não descem da bicicleta para atravessar na faixa. Esse tipo de abordagem explicativa vem procurado sanar todas as dúvidas dos transeuntes. “Trata-se de uma faixa cidadã, em que o pedestre tem a preferência, pois a faixa é feita para ele. O ciclista, então, tem que atravessar como pedestre, empurrando sua bicicleta, pois é mais seguro para todos.”, explica a agente Luísa Elmer.
Para quem passa constantemente por esses locais, a presença dos agentes é sempre bem-vinda, já que ainda é preciso implantar uma cultura de educação e respeito no trânsito, tanto por parte de pedestres e ciclistas quanto de motoristas. “Os carros não têm o costume de parar quando a gente quer atravessar; então nós precisamos desse apoio, para que não ocorram acidentes. Quando o Detran está aqui, a gente nota a diferença. Fica uma beleza. É um trabalho muito importante, de educação mesmo.”, comenta Rosineide Ferreira, após observar a orientação dos agentes feita na faixa de pedestre em frente à uma faculdade.
A instalação de uma nova faixa de pedestre no km 4 da rodovia também vem sendo elogiada pelos usuários, que ganharam mais uma opção de travessia segura, principalmente por se tratar de local que possui, nas suas imediações, um hospital e um shopping, com fluxo intenso de pessoas. A senhora Vilma Lopes, moradora do bairro da Guanabara, gostou tanto que se encarregou até de espalhar a novidade. “Quando ia ao banco, precisava ‘dar o balão’, pois era longe e arriscado. E eu também tenho um problema na minha perna. Então, era difícil. Mas quando vi a faixa aqui e o agente de trânsito, já me dirigi pra cá, para me ajudarem a atravessar. Até falei lá no banco para os idosos da minha idade que essa faixa foi colocada e tem gente pra auxiliar na travessia. Eles não sabiam e gostaram muito.”, disse.