Polo Automotivo Fiat chega aos 44 anos em 2020
O Polo Automotivo Fiat em Betim, Minas Gerais, completou 44 anos de atividades no Brasil na última quinta-feira, dia 9 de julho de 2020.
Do ano de 1976 até os dias de hoje, 15,9 milhões de veículos foram produzidos no complexo mineiro, numa trajetória marcada pela inovação, com direito a tecnologias que tanto melhoraram os processos de desenvolvimento como a capacidade de adaptação para auxiliar a sociedade neste momento de grandes desafios, no combate à Covid-19.
Além de ser o maior complexo industrial da Fiat Chrysler Automóveis no mundo, o Polo Automotivo Fiat possui todas as tecnologias e recursos para o desenvolvimento de um veículo em todas as suas fases, dos primeiros sketches do desenho (feitos no Design Center) aos testes de segurança para homologação, feitos no Safety Center, inaugurado em 2019.
“O Polo Automotivo Fiat sempre foi sinônimo de inovação e ousadia na indústria automotiva latino-americana. Das linhas de produção de Betim, pelas mãos de muitos milhares de colegas extremamente talentosos e dedicados que construíram esses 44 anos de muitas conquistas, produzimos veículos que revolucionaram o mercado, do inesquecível 147 até a nova Fiat Strada, recém-lançada geração da picape que é sinônimo de robustez e confiabilidade no seu segmento”, disse Antonio Filosa, presidente da FCA para a América Latina.
REALIDADE VIRTUAL – Um dos mais recentes investimentos foi a criação do Virtual Center, que faz parte do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento Giovanni Agnelli, considerado o mais completo e moderno do setor automotivo na América Latina.
“As experiências e aprendizados acumulados ao longo dos anos convergiram na criação do Virtual Center Latam. Mais de 90% do desenvolvimento da nova Fiat Strada já ocorreu na realidade virtual, com simulações de durabilidade, ruído, vibração, conforto térmico, aerodinâmica e segurança, entre outros pontos”, disse Márcio Tonani, diretor de Desenvolvimento de Produto da FCA pra América Latina.
O Virtual Center tem uma estrutura de 800 metros quadrados, dividida em 3 ambientes. A Sala de Realidade Virtual possui um software pra criar modelos digitais imersivos. Numa tela de 150 polegadas com tecnologia 3D ativa, as equipes visualizam com detalhes a carroceria e os componentes do carro.
O Virtual Center conta também com a tecnologia de Realidade Aumentada, onde é possível projetar numa carroceria elementos das partes interna e externa do veículo. As dimensões são calculadas por meio de scanner pra garantir 100% de interação entre o físico e o virtual.
“Muito antes do primeiro modelo físico, analisamos nos mínimos detalhes o comportamento de cada componente. As ferramentas presentes no Virtual Center possibilitam que as equipes proponham e compartilhem modificações com agilidade, viabilizando novas experimentações até alcançar a excelência”, completa Aroldo Borges, diretor adjunto de Conceito e Integração de Veículo da FCA pra América Latina.
Na Sala Integrada, a realidade virtual é em 4D. As interações são feitas a partir de um cockpit adaptável composto por chassi, painel, console, volante e bancos dianteiro e traseiro. Com óculos de realidade virtual imersivo integrado ao sistema, a sensação é de estar dentro do carro, sendo possível abrir e fechar portas e colocar uma caixa na mala. Quando o motor é ligado, até a vibração dos chicotes é percebida.
O terceiro ambiente é a Oficina, que inicia a construção de modelos físicos e onde os cálculos certificados na Sala de Realidade Virtual e na Sala Integrada ganham vida, para novas avaliações.
NOVOS DESAFIOS – Mas o combate à Covid-19 exigiu transformações no Polo Automotivo Fiat, que passou por adaptações e reorganizou postos de trabalho e espaços, visando à jornada segura dos colaboradores. Novas atividades também foram incorporadas à rotina da produção, com o Polo Automotivo Fiat tornando-se centro de referência de manutenção de respiradores pulmonares. Em 3 meses, 138 equipamentos já foram recuperados e devolvidos aos hospitais.
As impressoras 3D foram convertidas pra produção de protetores faciais plásticos, os chamados face shields, usados pelos profissionais da saúde. Betim também se tornou centro de produção de máscaras cirúrgicas, numa linha com capacidade para fazer 1,5 milhão de unidades por mês, que está sendo distribuída entre os funcionários da FCA em todo o país e doada para comunidades e profissionais da saúde de Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo.