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Setran-PA liberou travessia para ônibus e vans no rio Moju, iniciou concretagem na ponte destruída e executa pavimentação na PA-252

A Secretaria de Estado de Transportes do Estado do Pará começou a travessia de vans e ônibus em balsas no perímetro da ponte do rio Moju, na Alça Viária. O serviço é gratuito e foi autorizado pela Capitania dos Portos, operando com balsas com capacidade para 25 ônibus ou 50 vans, em cerca de 8 viagens por dia até às 18 horas (horário estipulado pela Capitania). A viagem de caminhões de cargas continua funcionando normalmente, também com uma média de 8 travessias diárias. A medida é uma iniciativa do Governo do Pará para amenizar os transtornos causados pela ponte que foi parcialmente destruída em abril de 2019 e que está sendo reconstruída em ritmo acelerado: são 3 turnos de trabalho, mobilizando mais de 400 operários de forma direta e outros 400 de maneira indireta.

Segundo o titular da Setran-PA, Pádua Andrade, as viagens, com 3 rebocadores em cada balsa, são feitas de dia e envolvem uma operação delicada e crítica, pois a correnteza é extremamente forte e a navegação na área não pode atrapalhar os serviços de reconstrução da ponte. Por isso que foi ampliado o acesso ao lado da ponte avariada, que já operava com travessia de caminhões; e, nesta segunda etapa, foi estendida para passageiros de vans e ônibus. “São 3 frentes de trabalho. No local da ponte, onde já foi concluída a 1ª etapa das estacas do bloco de fundação, e em mais 2 estágios, em que partes da estrutura estão sendo construídas para posterior montagem no Pará, sendo que o tabuleiro e os estais estão sendo feitos em Fortaleza e em São Paulo, respectivamente”, explica Pádua Andrade.

Foto: Maycon Nunes/Agência Pará

CONCRETAGEM – A construção de parte da estrutura da ponte Rio Moju, no complexo da Alça Viária, já está na fase de concretagem do bloco do mastro, que servirá de base para os pilares que suportarão o piso onde passarão os veículos – o chamado tabuleiro ou estrado. Esta é a 2ª etapa da obra, que envolveu anteriormente a cravação e a concretagem das estacas. Pra dar ainda mais rapidez ao processo, tanto as estacas quanto os blocos são construídos em módulos. Assim iniciou-se construção do mastro na parte central do bloco de fundação (que terá 85,10 metros), enquanto que as estacas e as partes periféricas do bloco são construídos simultaneamente noutro local. A 3ª etapa será a montagem da pista, pré-fabricada em Fortaleza (CE) e que já começou a chegar. A reconstrução da parte central da ponte está sendo feita com 2 vãos de navegação ampliados, cada um com 134 metros divididos pelo mastro, ambos suportados por cabos-estais distantes 12 metros um do outro. Esse novo sistema garantirá a boa qualidade da navegação, com risco mínimo de impacto de embarcações.

A entrega está programada para novembro de 2019, 5 meses após o início dos trabalhos de reconstrução da ponte. “A obra envolve 28 categorias profissionais, entre eles engenheiros, mecânicos, eletricistas, marítimos, pedreiros e metalúrgicos. São profissionais paraenses e de mais 2 Estados onde partes da ponte estão sendo construídos para serem montados”, detalhou Pádua Andrade.

Foto: Maycon Nunes/Agência Pará

O projeto de parte da ponte – que ganhará o formato estaiado – é de responsabilidade do engenheiro Pedro Almeida, paraense professor da Universidade de São Paulo (USP). Na equipe de campo estão engenheiros civis, navais, de segurança do trabalho, mecânicos e até de minas – este último atua na remoção dos escombros da ponte que caíram no fundo do rio, em abril de 2019, após o choque de uma embarcação. “É um trabalho em ritmo de dedicação total, 24 horas por dia. Não há folga em feriados ou finais de semana. Tudo pra vencer o desafio de entregar a ponte até novembro de 2019. Cada etapa concluída é muito festejada.”, ressalta Marcos Frensel, engenheiro residente da obra.

Foto: Ascom/Setran

As defensas de proteção dos pilares centrais – do novo mastro da ponte e dos apoios laterais do vão de navegação e os cabos-estais – estão sendo fabricados em São Paulo e devem chegar ao Pará ainda neste mês de agosto. A reconstrução da ponte custou cerca de R$ 180 milhões, sendo R$ 104 milhões pra ponte, oriundo das empresas responsáveis pela embarcação que colidiu e provocou o desabamento. 

A ponte rio Moju faz parte do complexo de 4 pontes da Alça Viária – a rodovia  PA-483, que tem mais de 70 quilômetros de extensão – e é a principal artéria rodoviária do Norte do Brasil, integrando a região metropolitana de Belém ao sul e sudeste do Pará. 

Foto: Ascom/Setran

PAVIMENTAÇÃO – A Secretaria de Estado de Transportes do Estado do Pará também está executando a pavimentação asfáltica da PA-252, no trecho entre os municípios de Acará e Moju, importante via para conexão de dezenas de municípios e que tem sido intensamente demandada como rota alternativa, após a queda da ponte sobre o rio Moju. A rodovia, que tem 76 quilômetros de extensão, será totalmente pavimentada, sendo que agora serão pavimentados 63 quilômetros – os 13 restantes já estavam. O trabalho foi dividido em 2 trechos: o 1º vai da rodovia Perna Sul à Vila de Castanhandeua, no Acará; e o 2º trecho fica entre a Vila de Castanhandeua e a rodovia PA-475, já no município de Moju.

Segundo o titular da Setran-PA, Pádua Andrade, as duas frentes de trabalho mobilizam 380 operários e devem ser concluídas no final de 2019. “Um investimento de mais de R$ 86 milhões na obra para uma importante rota alternativa de escoamento da produção do Estado, que se estivesse concluída teria amenizado bastante os transtornos que ocorrem desde a queda da ponte sobre o rio Moju”, ressaltou.

Foto: Ascom/Setran

A execução da obra está dividida em 2 lotes, ambos com prazo de finalização para dezembro de 2019, sendo que o 1º, que vem pelo lado da Perna- Sul, está com 3 frentes na execução do trabalho de construção da base e da sub-base, bem como abertura e terraplanagem no km 17, onde também estão trabalhando na conformidade da cabeceira da ponte, com troca de solo e serviços de drenagem – gerando emprego para 180 pessoas, em 3 frentes. No local, duas pontes de concretos já foram construídas. O prazo de conclusão do lote 1 é até dezembro de 2019.

No lote 2, que vem pelo lado de Moju, o trabalho ocorre em 5 frentes, com mais de 200 operários, que fazem abertura lateral, asfalto, drenagem e terraplanagem com base e sub-base até o km 12, bem como conclusão da última ponte de concreto.

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O Caderno Auto Destaque é publicado ininterruptamente desde 1987 no jornal Diário do Pará, apresentando lançamentos e tudo mais sobre o mercado automotivo.

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