Carros

Todas as facetas e gerações do Toyota Corolla

O Toyota Corolla já contou com diversas facetas e repaginou o visual inúmeras vezes ao longo de seus 53 anos de história. Atualmente, a marca japonesa aposta numa versão híbrida flex, que é a primeira em todo o mundo equipada com essa tecnologia.

A 12ª geração do carro mais vendido da história também está cheia de novidades, mas a montadora japonesa trilhou uma longa jornada durante essas 5 décadas, sempre o aperfeiçoando para atender os anseios dos consumidores, como você verá através de suas gerações.

POR QUE COROLLA? – A palavra Corolla, assim como todos os nomes de carros da marca nipônica, deriva do latim ‘coroa de flores’, que significa triunfo e felicidade. Na época, a montadora seguiu uma outra tradição não mais presente hoje: os nomes dos modelos começavam todos com a letra C – Crown, Corona, Carina, Century, Celica, Camry.

1ª GERAÇÃO – A primeira geração foi lançada no Japão em outubro de 1966. Tatsuo Hasegawa era o nome do chefe de desenvolvimento do modelo pioneiro e sabia que qualidade era a palavra que ganharia o mercado daquele país. Assim, o slogan de lançamento era “ser o carro mais procurado pelo mercado global, apresentando ao mundo a essência da tecnologia da Toyota”. O Corolla foi projetado para ser popular, mas tinha diferenciais nunca vistos no mundo. Isso resultou num nível de interesse fenomenal, graças aos recursos inovadores. Um fato engraçado é que as entregas dos modelos aos seus novos proprietários atraíam multidões de admiradores. Tanto que virou líder de mercado por lá em apenas 3 anos.

2ª GERAÇÃO – O trabalho pra geração seguinte começou em 1967, aproximadamente 1 ano após o lançamento da primeira geração. E, mais uma vez, foi desenvolvido sob a direção de Hasegawa. A Toyota quis aproveitar a reputação favorável do carro e desenvolver os gostos mais exigentes de seus compradores, para criar neles um senso de lealdade à marca. Naquela época, a infraestrutura rodoviária do Japão estava cada vez mais desenvolvida e foi inaugurada a estrada que ligava Tóquio ao sul do país, com cerca 500 quilômetros de distância. Portanto, a Toyota teve o desafio de pensar no novo modelo com capacidade para percorrer essa distância sem precisar parar para abastecer, o que levou à instalação de um tanque de combustível maior, de 45 litros. Melhorar o Corolla não era uma proposta fácil, pois ele já era líder da classe e fenômeno de vendas. Mesmo assim, a equipe não decepcionou e, seguindo a tendência estabelecida pelo antecessor, foram vendidas mais de 2 milhões de unidades.

3ª GERAÇÃO – A terceira geração chegou em abril de 1974, intitulada de “o melhor carro da família” e trazendo Shirou Sasaki na liderança de desenvolvimento. Como de costume, a Toyota investiu em novos padrões de recursos de segurança e conforto, mas manteve o preço econômico e os baixos custos de manutenção. Outro ponto importante: a lei do Ar Limpo entrou em vigor nos Estados Unidos em 1963, mas estava sendo regularmente alertada e ampliada e seus regulamentos também estavam sendo adotados no Japão. Os veículos reprovados nesses regulamentos não podiam ser vendidos. Então, o novo modelo foi pensado desde o início para atender às metas de emissões de poluentes. E não parou por aí: foi já em 1974 que o volume de vendas do Corolla ultrapassou o do VW Fusca e conquistou o título de carro mais vendido do mundo.

4ª GERAÇÃO – O Corolla da quarta geração começou a ser desenvolvido no início de 1975, tendo o engenheiro-chefe Fumio Agetsuma como o líder do projeto. Como o modelo da terceira geração já era o veículo mais vendido do mundo, Agetsuma sentiu o peso da responsabilidade em manter essa posição. Lançado em março de 1979, tempo em que a economia do Japão estava se recuperando da crise mundial do petróleo, um dos grandes desafios foi garantir um carro econômico. Além disso, os japoneses estavam recuperando seu poder aquisitivo e crescia a vontade de melhorar a qualidade de vida. Portanto, o novo Corolla era um carro familiar que mesclava luxo com economia e ainda tinha desempenho superior às gerações anteriores. E não deu outra: mais uma vez ele conquistou o título de carro mais vendido do mundo e, de quebra, sua produção atingiu a marca de 10 milhões de unidades no mundo.

5ª GERAÇÃO – A quinta geração nasceu no mercado japonês 2 meses depois do marco de 10 milhões de unidades produzidas. Seu lançamento foi em maio de 1983 e contou com pontos importantes em seu desenvolvimento, como a mudança da tração traseira para tração dianteira – que possibilitou aumento de espaço e um estilo mais atraente. Por conta dessas mudanças no visual, ele ficou mais quadradinho e foi considerado o mais abrangente da história do Corolla, levando-o novamente à posição de mais vendido.

6ª GERAÇÃO – O Corolla da sexta geração foi lançado no Japão em maio de 1987 pelo recém-promovido líder de desenvolvimento Akihiko Saito. Na década de 80, houve uma mudança na maneira de posicionamento dos carros diante da sociedade: os consumidores agora procuravam por veículos de alta qualidade, não apenas para os levarem de um lugar a outro, mas também para exibir um estilo de vida. De look novo por fora e por dentro, ele trazia o slogan “Uma nova história em veículos japoneses começou. O nascimento do novíssimo Corolla, um novo salão da Toyota”. O slogan continha 3 menções à palavra ‘novo’ em duas frases curtas, para enfatizar o ponto em que todas as áreas do carro foram redesenhadas, com o objetivo de elevar os padrões de luxo e qualidade. A equipe responsável pelo desenvolvimento dessa geração fez mais de duas mil propostas diferentes e contou com a ajuda de cerca de 100 fabricantes de peças automotivas pra melhorar a qualidade do modelo, mesmo em áreas que o consumidor nunca veria. Existem relatos de que os designers estudaram até letras de músicas japonesas a fim de tentar descobrir o que seria aceito pelo público. Isso resultou num Corolla bem recebido em todos os mercados, popular durante toda a sua vida e com uma qualidade incorporada muito além do nível encontrado nos carros familiares da época.

7ª GERAÇÃO – Em 1991, a média da produção global do Corolla era de 4.300 unidades/dia. Ele ainda era o carro mais popular do mundo. Akihiko permanecia líder de desenvolvimento e trouxe um design mais redondo e esportivo. Era a maior e mais pesada geração até então, com cerca de 350 componentes aprimorados. Além do design, o interior também teve melhorias nos materiais utilizados e na busca por um ar mais moderno. O Corolla dessa geração era “mais”: contava com mais modelos variados, era mais rápido, mais seguro, mais silencioso e mais refinado do que nunca.

8ª GERAÇÃO – A sociedade nos anos 90 estava preocupada com a proteção ambiental global. A Organização das Nações Unidas organizou a conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro, seguida pela Conferência de Kyoto sobre a Prevenção do Aquecimento Global, em 1997. Esses eventos serviram para planejar e moldar ações com o intuito de proteger o meio ambiente e também para os atuais regulamentos de emissões de dióxido de carbono. Diante deste cenário, Takayasu Honda – sim, Honda já foi o sobrenome de um dos líderes de desenvolvimento da Toyota – tinha como objetivo não apenas projetar um carro atraente, mas também melhorar sua eficiência de combustível e reduzir o peso e as emissões. Essa geração representou uma mudança da Toyota em vários aspectos, pois ela desenvolveu versões para atrair os gostos dos clientes da Ásia, América do Norte e Europa.

9ª GERAÇÃO – Conhecido como modelo Brad Pitt, a nona geração foi liderada pelo engenheiro-chefe Takeshi Yoshida e seu objetivo era montar um carro que rompesse o vínculo com as gerações passadas, que tinham a fama de serem ‘carros de tiozão’. Chegou até a ser cogitada a possibilidade de mudar o nome. Yoshida focou no desempenho e na qualidade, acima de qualquer outra coisa. Então, em vez de desenvolver o carro pra atender às necessidades de mercados de grande volume, ele foi projetado para atrair o mercado mundial mais exigente: a Europa. Foi seguindo essa linha que Brad Pitt foi convidado pra ser o garoto-propaganda. E foi nessa geração que o Corolla virou o carro mais vendido no Brasil.

10 ª GERAÇÃO – O ano de lançamento dessa nova geração foi no 40º aniversário de vendas do Corolla, sendo que o líder de desenvolvimento Soichiro Okudaira decidiu apostar na reformulação do design e fazer dele um modelo com uma perspectiva e escala global. Existia uma meta de impressão de 5 minutos: o cliente precisava reconhecer a qualidade do novo modelo dentro dos 5 minutos que seguiam após o acionamento do veículo. Para atingir essa meta, a Toyota apostou em tecnologia, espaço, performance e facilidade de uso. Resultado: o desempenho dessa geração foi comparado com os melhores modelos da Europa e a facilidade de uso e o espaço eram do mesmo nível dos modelos norte-americanos.

11ª GERAÇÃO – Essa geração veio ao mundo já trazendo o título de modelo mais popular de todos os tempos. Em julho de 2013, o Corolla chegou a 40 milhões de unidades vendidas, algo que nenhuma outra montadora conseguiu. As principais mudanças eram na qualidade sensorial, nos altos níveis de tecnologia e itens de segurança de última geração. No Brasil, a mudança do câmbio de 4 marchas para o CVT foi destaque. Entre as maiores evoluções no design, destacam-se o aumento de espaço e tamanho, bem como o visual mais arrojado e moderno.

12ª GERAÇÃO – Por fim, o modelo mais recente, que já chegou revolucionando, por ser o primeiro híbrido flex da história: ou seja, funciona com gasolina ou etanol, junto a 2 motores elétricos. Para isso, a Toyota usou sua expertise de mais de 20 anos de liderança técnica híbrida no mundo, sendo que seu Prius foi o primeiro híbrido à venda no Brasil.

Auto Destaque

O Caderno Auto Destaque é publicado ininterruptamente desde 1987 no jornal Diário do Pará, apresentando lançamentos e tudo mais sobre o mercado automotivo.

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