Vale a pena entrar em um consórcio automotivo?
O número de participantes ativos de consórcios segue batendo recordes em 2022. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) indicam que 9.182.152 milhões de pessoas fizeram consórcio em outubro de 2022, 13,5% acima do registrado no mesmo mês de 2021. O volume de cotas comercializadas chegou a 3,27 milhões no acumulado de 2022, uma alta de 14,2% em relação ao mesmo período de 2021. Deste total, 77% referem-se a veículos automotores. De janeiro a outubro de 2022, a comercialização de novas cotas de veículos pesados subiu 65,1%. Já o crescimento foi de 8,7% na categoria Motocicletas e de 4,6% em Veículos Leves.
Mas será que vale mesmo a pena aderir à modalidade de compra em grupo? A Bazar do Consórcio – plataforma que oferece uma jornada 100% digital para os consorciados que optam por mudar o destino do seu contrato – preparou um material com dicas e orientações para quem está pensando em entrar em um consórcio.
O consórcio vale a pena quando o cliente não tem dinheiro para comprar o bem à vista; quer fugir de juros mais altos encontrados em outras modalidades, como o financiamento; não tem disciplina para poupar dinheiro sozinho e precisa fazer uma poupança ‘forçada’, como forma de juntar recursos para alcançar um objetivo específico; não tem urgência para adquirir o bem e pode esperar até a contemplação da carta de crédito para usufruir do bem ou serviço que deseja; e não pode esperar muito para adquirir o bem, mas tem reservas financeiras para oferecer lances.
Já o consórcio não vale a pena quando o cliente quer economizar com o financiamento, mas tem pressa em ter acesso ao bem ou ao serviço; não tem dinheiro para ofertar lances e, assim, acelerar a contemplação; e não tem disciplina para pagar as mensalidades em dia, impedindo a participação nos sorteios de contemplação.
CUIDADOS – Eis alguns cuidados antes de entrar em um consórcio. Para ter certeza se vale a pena entrar num, também é preciso ficar atento a algumas questões antes de assinar o contrato. Primeiro verifique a solidez da administradora do consórcio. Isso pode ser feito nos canais do Banco Central, que é a entidade que regulamenta a atividade no país. Depois compare os tipos de consórcios oferecidos entre as administradoras, para encontrar o que melhor se encaixa no seu perfil.
Avalie os critérios de transferência da cota. Isso será importante caso resolva desistir do negócio antes do final do prazo ou seja excluído por motivo de inadimplência. Quando a transferência não é possível, o consorciado pode ter de esperar até o encerramento do grupo para receber de volta o valor das prestações que pagou.
Saiba que o consórcio também tem aprovação de crédito. Isso significa que, ao ser contemplado, o participante com restrições no nome pode ser obrigado a esperar até o fim do grupo para receber o bem. Por fim, leia o contrato com atenção, para entender as regras sobre o cálculo das prestações e os termos dos sorteios e lances, assim como as formas de exclusão e restituição dos valores do fundo de reserva.