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Veículos automáticos: evite quebras por superaquecimento no verão

Ao unir férias escolares, estradas congestionadas, viagens com lotação máxima, uso de reboques e temperaturas elevadas, o verão é crítico para o aparecimento de problemas em modelos com câmbio automático. Segundo a Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática, o calor é o maior ‘inimigo’ do sistema, mas é possível mantê-lo sob controle com alguns pequenos cuidados e hábitos corretos por parte do motorista.

O primeiro passo pra evitar quebras e despesas inesperadas é manter o veículo devidamente revisado. Nos meses quentes do ano, o sistema de arrefecimento é muito exigido e merece atenção especial, principalmente o radiador. Em diversos carros e utilitários mais novos, o componente também é responsável por refrigerar o câmbio automático. Os líquidos, fluidos e lubrificantes também precisam ser checados e trocados com regularidade.

Mas não adianta manter o carro em perfeito estado e não respeitar seus limites. O motorista deve evitar principalmente as arrancadas fortes e o excesso de carga, situações que geram muito atrito e calor, desgastando a transmissão. Outra dica da APTTA é prestar atenção às trocas de marchas. O ideal é sempre aliviar um pouco o pedal do acelerador momentos antes de cada mudança, de forma a facilitar o engate automático e poupar os componentes internos.

Se o uso severo não puder ser evitado (como trafegar sempre com carga; rebocar barcos, jets e trailers; morar em regiões montanhosas ou muito quentes), uma opção que deve ser levada em conta é instalar um segundo radiador para o câmbio automático, em complemento ao original. Quando realizada por profissional especializado, a adaptação costuma ser a melhor solução pra manter o sistema funcionando sempre dentro da faixa ideal de temperatura.

Uma maneira simples de detectar sinais de superaquecimento num câmbio automático é analisar o fluido. O ideal é estar parecendo com o lubrificante novo, translúcido e mantendo a cor – geralmente vermelha ou amarela. Quando estiver marrom, é sinal de que foi degradado pelo calor extremo. E se chegar próximo ao preto, indica a presença de pó das embreagens, que foram queimadas. Mas também pode estar opaco, indicando uma contaminação pelo líquido do radiador.

Um teste de durabilidade feito nos Estados Unidos comprovou como o controle da temperatura é fundamental para os automáticos. Quando mantiveram o sistema a 80 graus, o fluido conservou suas propriedades após mais de 80 mil quilômetros. Ao ser ensaiado a 150 graus, o lubrificante perdeu suas qualidades antes de atingir os 7 mil quilômetros, gerando desgastes prematuros em diversos componentes internos.

Auto Destaque

O Caderno Auto Destaque é publicado ininterruptamente desde 1987 no jornal Diário do Pará, apresentando lançamentos e tudo mais sobre o mercado automotivo.

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